segunda-feira, 31 de outubro de 2016

AXEL HOTELS: UMA REDE DE HOTÉIS HETERO FRIENDLY


Não, não foi distração na hora de digitar. Você leu certo: existe uma rede de hotéis que se autodenomina “hetero friendly”. Mas o que isso significa exatamente? Em suma, um hotel voltado para o público LGBT, mas que é simpático aos heterossexuais que, por acaso, resolvam se hospedar nele.

Se você nunca ouviu falar na rede de hotéis AXEL, vamos dar algumas informações sobre eles:

I - O primeiro hotel da rede surgiu em Barcelona, em 2003, no famoso bairro gay de L’Eixample. Ele existe até hoje e tem um dos terraços mais fervidos e concorridos da noite gay de Barcelona, onde fica o Sky Bar. O sucesso em Barcelona foi tanto que a rede inaugurou, em 2015, seu segundo hotel na cidade, o TWO Hotel by Axel.

II - Em 2007, foi aberto um Axel Hotel no bairro de San Telmo, em Buenos Aires. No entanto, o hotel fechou em 2013.

III - Em 2009, Berlim recebeu seu primeiro Axel Hotel, que fica em Schöneberg, um dos bairros gays da capital alemã. O sucesso em Berlim, como já se esperava, foi enorme e um segundo hotel será inaugurado em 2017, o TWO Hotel by Axel.

Axel Hotel Berlim
IV - Em 2013, em um empreendimento ousado, foi a vez das Ilhas Canárias receberem um hotel da rede, o Axel Beach Maspalomas, localizado na ilha de Gran Canaria e perfeito para as férias.

V - Finalmente, o último hotel previsto pela rede é um Axel Hotel em Madri, que também será inaugurado em 2017 e fica perto de Chueca, o bairro gay de Madri.

Agora que você já se familiarizou com o hotel, vamos a uma pergunta comum: o que torna um hotel “hetero friendly”? No caso do Axel Hotel, a decoração, os atrativos do hotel e os mínimos detalhes fazem jus ao rótulo.

Logo na recepção você já pode encontrar, por exemplo, um pôster de um nu artístico masculino. As músicas que tocam nas dependências do hotel geralmente são clássicos pop de várias gerações.

Entre os canais de televisão disponíveis no seu quarto, existe uma vasta quantidade de filmes “para adultos” com temática gay. Alguns quartos da rede possuem o box do banheiro de vidro, o que pode ser interessante quando se está acompanhado.

Sky Bar no Axel Hotel Barcelona
Nas áreas comuns, saunas, banheiras de hidromassagem e piscinas fazem com que a interação entre os hóspedes seja facilitada e incentivada. Mas se tudo isso ainda não te satisfaz, você pode colocar, na maçaneta da tua porta, um daqueles identificadores de “Não Perturbe”, mas com a mensagem “Vá em frente”. Sim, diferente dos hotéis convencionais, você pode escolher se as pessoas fora do teu quarto podem ter acesso a ele, digamos, sem bater.

Finalmente, é importante destacar que os hotéis da rede Axel, além de voltados ao público LGBT, são de bom gosto e ótima qualidade, oferecendo acomodações novas e modernas e são uma ótima opção de socializar para quem viaja sozinho ou com amigos.

Portanto, se estiver em uma das cidades que possuem hotéis da rede Axel, vale a pena conferir. Se optar por não se hospedar lá, pelo menos se informe sobre a programação do bar do hotel, pois sempre tem algo acontecendo.



domingo, 30 de outubro de 2016

ABC BAILÃO: AINDA NÃO CONHECE?


Praticamente uma lenda urbana e uma instituição da vida noturna gay paulistana. Esse é o ABC Bailão, localizado no centro de São Paulo, próximo ao Largo do Arouche, fica na Rua Marquês de Itu, 182, na Vila Buarque, em meio aos garotos de programa e travestis que frequentam a região. Quem frequenta a noite gay paulistana certamente já deve ter ouvido falar do ABC Bailão, ou apenas Bailão, para os mais íntimos.

Para início de conversa, o nome não tem nenhuma relação com o ABC Paulista, mas sim, é uma sigla, que significa “Amigos Bailam Comigo”.

Longe da “cena gay mainstream”, o Bailão sofre muito preconceito por pessoas que sequer foram até lá para conferir de perto como tudo funciona. A casa abre de quinta a domingo, ficando relativamente cheia todos os dias. Naturalmente, os dias mais cheios são as sextas e os sábados. Em vésperas de feriados o Bailão também abre e costuma encher!

ABC Bailão
O foco do Bailão e também o grande atrativo da casa é a faixa etária dos frequentadores, que vai dos 18 aos 90 anos, sem preconceitos! Majoritariamente, o público tem entre 40 e 65 anos, mas é possível encontrar pessoas de todas as idades, inclusive os novinhos que gostam de homens maduros – acredite, são muitos! Mulheres são raras no Bailão, mas algumas vezes elas aparecem por lá e também são bem-vindas.

E quais são as vantagens de ir ao Bailão? A lista é grande:

I – O preço da entrada e das bebidas é muito mais em conta do que as festas e baladas famosas da cidade. A entrada fica entre 25 e 30 reais, mas se você for maior de 50 anos tem desconto! E a cerveja, por exemplo, custa 6 reais!

II - Não existe lista VIP, lista de aniversariante, lista de promoter e lista para entrar na lista, ou seja, no Bailão todo mundo é igual e não tem aquela segregação na hora de entrar no local. Até por isso, raramente existe fila para entrar no Bailão, normalmente você chega, paga e entra. Ah, acho que nem preciso dizer, mas também não tem camarote ou área VIP.

III – As pessoas usam o banheiro para o que ele foi destinado, quais sejam: necessidades fisiológicas, espelho e lavar as mãos. Ou seja, não tem fila para usar o banheiro e você não precisa perder um tempão na fila só porque alguém resolveu ter um espaço privativo para usar drogas ou transar.

IV – Para quem não curte drogas, podemos dizer que é algo muito difícil de se ver no Bailão. Na verdade, nunca presenciamos ninguém usando substâncias ilícitas nas dependências do Bailão.

V – A música é ótima: os DJs do Bailão transitam muito bem entre as tribos que frequentam o local, tocando sempre flashback, mas também pop, funk, forró, música brega, rock antigo, etc. Enfim, é uma mistura que dá certo e agrada todo mundo!

VI – As pessoas não são pegajosas e não ficam passando a mão em você sem a tua permissão, pois cada um respeita o espaço do outro.

VII – É muito interessante presenciar um encontro de gerações diferentes de homens gays. Ver pessoas que vivenciaram a repressão da época da ditadura e que hoje podem viver seu amor livremente é muito agradável.

Por todas essas razões, vale a pena sair da bolha dos bares modernos, caros e com filas e conhecer também um lado antigo, mas igualmente divertido, da vida noturna gay de São Paulo!

Somos fãs de carteirinha do Bailão, uma casa que abriu em 1996 e que, esperamos, possa ter vida longa, pois no futuro todos nós seremos homens maduros e é importante ter um espaço de qualidade destinado a esse público, que acolhe a todos sem preconceitos. Indicamos!


quinta-feira, 27 de outubro de 2016

PRECISAMOS FALAR SOBRE SAUNAS

Sim, elas existem. Sim, elas estão em todos os lugares. Sim, muita gente as frequenta. Mas, então, por que poucos admitem que já foram ou que vão em saunas para o público gay?

Primeiramente, vale lembrar que as saunas surgiram há milhares de anos. A sauna seca, diz a lenda, foi criada pelos finlandeses e é uma tradição no país. Já a sauna a vapor teria surgido na Grécia. Além desses dois povos, outro que contribuiu para o desenvolvimento das saunas foram os turcos, com o famoso banho turco.

Então, se são estabelecimentos milenares, por que hoje em dia os gays torcem o nariz quando falam sobre saunas? Ou, até mesmo, soltam a famosa frase “não curto quem frequenta saunas”.

Pois bem, muito do preconceito ligado às saunas vem dos tempos sombrios da epidemia de AIDS nos anos 80. As saunas eram e, de certo modo, ainda são lugares onde o objetivo principal de quem está lá é transar, ter sexo casual, normalmente com desconhecidos. Por essa razão, quando ficou evidente que uma das principais formas de transmissão do vírus HIV era por meio de relação sexual desprotegida e, ainda, que os homossexuais eram um grupo de risco, as saunas logo se tornaram um lugar para ser evitado.

Muita coisa aconteceu desde então e, apesar da AIDS ainda ser uma doença que assombra as pessoas, atualmente há mais conscientização quanto ao uso de métodos preventivos (USE CAMISINHA!). Sendo assim, as saunas voltadas ao público gay voltaram a ser um popular destino para perder – ou ganhar – algumas horas.

Em tempos de aplicativos fervendo, você deve estar se perguntando: por que diabos eu pagaria para ir a um lugar e ficar andando de toalha, sendo encarado e encarando pessoas, sendo que posso arrumar alguém no Grindr/Scruff/Hornet, deitado na minha cama e de graça? Ora, a resposta é simples: praticamente pelo mesmo motivo que você vai à balada: nada substitui o fator “ver pessoalmente” e, convenhamos, nos aplicativos a coisa nem sempre é imediata. Além disso, na sauna é possível analisar melhor o corpo dos frequentadores, em outras palavras, “nudes” de graça!

Portanto, se você é daqueles apressadinhos, que não faz questão nem de saber o nome da pessoa com quem está transando (dark room, quem nunca?), a sauna é um ótimo lugar para você! Veja bem, isso não quer dizer que você não pode encontrar o amor da sua vida na sauna, a sua conduta e abordagem é que vão definir o tipo de relação que vai ocorrer.

Mais do que isso, as saunas também deixaram de ter o rótulo de que os frequentadores são apenas homens mais velhos ou homens casados com mulheres interessados em pular a cerca. Na verdade, como acontece com as festas, existem saunas para todos os tipos de públicos e, inclusive, muitas pessoas frequentam saunas com amigos para socializar, beber e conhecer gente, não apenas para transar. Mas, se surgir aquela vontade repentina, o segundo andar está logo ali!

No Brasil, principalmente nas grandes capitais, há uma vasta quantidade de saunas para atender a todos os gostos. Algumas saunas têm tolerância zero para garotos de programa, enquanto outras aceitam. Os valores para entrada variam de acordo com os estabelecimentos e dias da semana, podendo ficar entre 20 e 70 reais.

Vale lembrar, no entanto, que os brasileiros costumam ir à sauna no período da tarde ou após o horário comercial, exceto quando eventos noturnos especiais são organizados pelos estabelecimentos. Os finais de semana também costumam ser populares entre os frequentadores.

Para citar algumas, temos a Chilli Pepper em São Paulo e Belo Horizonte, onde você pode ver, pelo site deles, quantas pessoas estão na sauna. Tem público bem variado, estrutura enorme nas duas unidades e ambas funcionam 24h.

Em São Paulo, ainda merecem ser mencionadas a Thermas Lagoa,  na Vila Mariana, com seus shows performáticos, e a Wild Thermas, em Higienópolis, com o Clube dos Pauzudos.

No Rio de Janeiro, perto do famoso Posto 9, em Ipanema, está a Rio G Spa, com ótima frequência de público, também bastante heterogêneo e com muitos turistas.

As saunas Thermas Le Rouge 80 e Termas Leblon,  respectivamente, em São Paulo e no Rio, possuem público mais maduro e estão há muitos anos em funcionamento. O mesmo acontece com a sauna Très Chic, em Belo Horizonte.

Saindo um pouco do Sudeste, a sauna Rommeo é referência em Fortaleza, como a maior sauna das regiões Norte e Nordeste, além de oferecer dias temáticos e ser 24h.

Em outros países, como Alemanha e Austrália, por exemplo, as saunas costumam bombar é na madrugada ou no final de semana.

Já nos Estados Unidos, salvo alguma exceção - como a rede Steamworks - a cultura de frequentar saunas não se faz tão presente e, portanto, não recomendamos perder seu tempo e seus dólares indo em saunas quando estiver por lá. Se estiver procurando por sexo casual, melhor procurar os cruising bars.

Bom, a intenção desse post era retirar o estigma que as saunas sofrem entre os gays brasileiros e ampliar o leque de opções quando estiver procurando alguma companhia. Ainda abordaremos esse tema outra vezes para romper de vez com esse preconceito.
Vale ressaltar, ainda, que as saunas geralmente oferecem preservativos e lubrificantes de graça e que o seu papel, depois disso, é só se divertir com segurança! Faça bom proveito!




BAR + CHUVEIROS + GOGO BOYS = PARIS GAY

Paris é um destino famoso por excelência. Seja você solteiro, casado, enrolado, hetero, bi, lésbica, gay, trans, pan, assexuado ou qualquer outra coisa, Paris tem algo interessante para você.

Entre uma ida à Torre Eiffel e uma visita a um dos museus incríveis que a cidade oferece, você certamente vai passar pelo bairro de Marais. O bairro, reconhecidamente famoso entre a população LGBT de Paris, fica localizado no 3º e 4º Distritos da capital francesa.

Além de ser um bairro muito charmoso, o Marais possui uma boa variedade de restaurantes, lojas, bares e galerias de arte (como todo bairro gay que se preze, certo?).

Mas entre esses bares, um deles tem se tornado muito popular entre moradores e turistas que visitam a região. É o Raidd Bar, localizado no coração de Marais e de fácil acesso por metrô, pela estação “Hôtel de Ville”.

Fachada do Raidd Bar. Fonte: Google.
E como funciona essa coisa de bar com chuveiro e dançarinos? Bom, o bar possui um tamanho razoável, nem grande, nem pequeno, com um piso inferior. A entrada, normalmente, é gratuita. A música é eletrônica e pop, agradando gregos e troianos.

E a maior atração, claro, são as cabines de vidro acopladas às paredes do bar que, durante o decorrer da noite, recebem gogo boys que ficam dançando, tirando a roupa e fazendo poses enquanto tomam um banho. Sim, isso é tão sexy quanto parece. Para facilitar a vida de todos, televisões espalhadas pelo bar mostram as imagens para os que estão afastados das cabines.

Fonte: Google.

Fonte: Google.

Portanto, a próxima vez que você for a Paris, reserve um tempo para ver a Monalisa, mas também para ver os gogo boys tomando banho no Raidd Bar, você não vai se arrepender!